São Paulo, uma das maiores cidades do mundo. Uma cidade que cresceu sem dar conta da dimensão que ia tomando e, "sem muito espaço", cresceu também na vertical, tornando-se, numa relação esquizofrênica e quase sem sentido, cinza e fria. Ainda assim, oferecia "doces sonhos" para uma grande massa que foi lançando-se a suas tentações que, aos poucos sentiram a amargura das ilusões da metrópole.
Em ritmo fabril, frenético e sem nexo, os limites da cidade foram rompidos por uma condição econômica não satisfatória para todos.
A cidade cresceu mas "esqueceu-ser" das partes mais distantes e provocou a falência outros pontos centrais que hoje tenta revitalizar-se de um lado, como centro nervoso do fluxo sistemático das grandes cidades com seus bancos, hotéis e belas iluminações públicas de praças e prédios históricos, de outro, como centro vital na necessidade pela qual surgiram as cidades: abrigar pessoas.
Do alto, é possível perceber que, pela dimensão espacial/geográfica, é possível atender as duas frentes. mas como o que prevalece é o centro nervoso do fluxo sistemático, em detrimento do centro vital da existência da cidade. (o de abrigar quem a faz movimentar-se).
Põe-se diante de todos, um conflito evidente entre interesses diversos. A cidade não surgiu do nada nem para o nada. Foi construida com as mãos de quem põem-se explicitamente frente ao conflito em nome da existência.
Eis, portanto, as Vidas Sem Teto
Um comentário:
cara, muito boas suas fotos. parabéns. eu trabalho como fotografo em curitiba. grande abraço!
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