domingo, setembro 24, 2006

UMA CIDADE E SUA CONTRADIÇÃO. A ARQUITETURA DA EXCLUSÃO

São Paulo, uma das maiores cidades do mundo. Uma cidade que cresceu sem dar conta da dimensão que ia tomando e, "sem muito espaço", cresceu também na vertical, tornando-se, numa relação esquizofrênica e quase sem sentido, cinza e fria. Ainda assim, oferecia "doces sonhos" para uma grande massa que foi lançando-se a suas tentações que, aos poucos sentiram a amargura das ilusões da metrópole.
Em ritmo fabril, frenético e sem nexo, os limites da cidade foram rompidos por uma condição econômica não satisfatória para todos.
A cidade cresceu mas "esqueceu-ser" das partes mais distantes e provocou a falência outros pontos centrais que hoje tenta revitalizar-se de um lado, como centro nervoso do fluxo sistemático das grandes cidades com seus bancos, hotéis e belas iluminações públicas de praças e prédios históricos, de outro, como centro vital na necessidade pela qual surgiram as cidades: abrigar pessoas.
Do alto, é possível perceber que, pela dimensão espacial/geográfica, é possível atender as duas frentes. mas como o que prevalece é o centro nervoso do fluxo sistemático, em detrimento do centro vital da existência da cidade. (o de abrigar quem a faz movimentar-se).
Põe-se diante de todos, um conflito evidente entre interesses diversos. A cidade não surgiu do nada nem para o nada. Foi construida com as mãos de quem põem-se explicitamente frente ao conflito em nome da existência.
Eis, portanto, as Vidas Sem Teto









Um comentário:

Daniel Caron disse...

cara, muito boas suas fotos. parabéns. eu trabalho como fotografo em curitiba. grande abraço!