Na ultima sexta feira (15/06), a maior ocupaçao urbana que tornou -se um signo de resistencia sem teto na luta pela utilizaçao do espaço urbano, foi definitivamente desalojada pelo poder publico.
Alguns moradores mudaram-se para um prédio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) na zona leste de Sao Paulo, outros mudaram-se para outra ocupaçao proximo a antiga ocupaçao, na rua Maua, em frente a estaçao da Luz.
Acabou a luta?? Acabou o sonho??
Ainda ha uma infinidade de prédios abandonados no centro de Sao Paulo, milhares de pessoas migrando para favelas ou alimentando o desejo nefasto dos setores imobiliarios que vivem às custas do sonho do brasileiro que sempre foi alimentado do deseja da casa propria.
A Prestes Maia nao significa nada mais além que um prédio vazio que abrigara ratos em sua monstruosa estrutura de concreto no centro da cidade para que todos aqueles que passarem pela avenida Prestes Maia, rumo ao aeroporto ou ao terminal do Tiete, pode ver.
Fica, diante da primeira batalha, a vitoria do poder estabelecido, frente a necessidade de milhares de familias que buscam, como tantos de qualquer classe social, realizar seus sonhos da casa propria.
Mas ainda ha a ocupaçao Maua, que pode ser agora o ponto crucial de onde partira a retomado do desejo de se construir uma cidade que supra as necessidades de todos, qual foi o sentido da formaçao das cidades (pode-se incluir um ponto de interrogaçao no fim da frase)
Anderson Barbosa é fotojornalista e viveu 5 anos em ocupaçoes do MSTC
Um comentário:
A humanidade latente e pulsante do Prestes Maia, que bom encontrá-la ainda, em fotos e palavras. O miolo do centro, o olhar sombreado, o que vai por baixo, o que fica no fundo, o que não querem ver, vida pura pulsando no interior da cidade, no calor da cozinha, no café fraco e doce, no olhar destas crianças. Lindas as imagens, parabéns e na luta sempre.
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