Sao Paulo, uma das maiores cidades do Mundo. Uma das mais conflituosas em todos os aspectos, em especial nas questoes habitacionais.
Enquanto nas periferias, milhares de pessoas se aglomeram em favelas, o centro da cidade cada vez mais vem sendo abandonado e sofrendo forte influencia do setor imobiliario com especulaçao imobiliaria, higienizaçao e gentrificaçao, em nome do que eles interpretam como revitalizaçao do centro. Revitalizar, sugere, em todas instancias, dar vida novamente e nesse aspecto, a cidade, em particular a regiao central, sofre é um outro tipo de intervençao.
Nao sao raras as denuncias feitas por familias organizadas em movimentos de moradia ou pessoas sem teto que vivem nas ruas, de açoes praticadas por policiais militares e guardas civis metropolitanos que agem durante a madrugada, de forma violenta. Pouco mais de um mes, segundo denuncias de pessoas que vivem na regiao do Largo Sao Francisco, um grupo formado por policiais militares, GCM's, agentes de limpeza, realizaram uma operaçao na regiao, para expulsar as pesssoas que dormiam ali, de forma assustadora.
Segundo uma das pessoas que estavam no local, toda a iluminaçao publica se apagou e em menos de cinco minutos a regiao estava cercada por viaturas da PM e da GCM, iluminando com seus farois e giroflex, a regiao e em seguida, partiram em direçao ao moradores de rua, com spray de pimenta e cacetetes, dizendo que era para eles "cairem fora!"
Sao Paulo é uma das cidades mais contrastantes, conflituosas e so é assim, em grande parte, por falta de politicas publicas que permita uma transformaçao na sua dinamica.
E possivel reverter a situaçao? E possivel fazer do centro da cidade algo que caiba em seu significado original que reza "abrigar pessoas"? Ou Sao Paulo inverteu o significado para cidade?
Mais uma vez afirmo que, Vidas Sem Teto é um potencializador dessa maxima que apresenta soluçoes para a transformaçao do centro da cidade em algo que seja digno de se chamar CIDADE, de forma digna ao contrario de todas as açoes praticadas pelo Estado que foi exatamente no caminho contrario ao que pode-se chamar de humanizar o centro. Praticamente todas as ocupaçoes simbolicas na luta por moradia e reforma urbana, foram "implodidas" de forma de forma taxativa, sem a minima possibilidade de permanencia na regiao central das pessoas que nestes prédios tomados, tinham como, nao apenas bandeira de luta, mas como realidade, pois trabalhavam no centro, seus filhos estudavam no centro, além de toda infra estrutura que permitia a estas familias terem uma minina noçao de dignidade, como ja citado, escola, alem de hospital, centros culturais, transporte.
Mas os planos para o centro sao outros, como sao outros os planos daqueles e daquelas que estao na linha de frente da luta por moradia e da transformaçao da realidade metropolitana.
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